Ele se chama Wagner. Foi o que me disse.No início, de longe, fiquei apreensiva... mas logo ele se entendeu com a Lilica...
Ele tinha um sorriso! Tão largo... mesmo andando sozinho num domingo gelado como aquele...
Disse-me que chegou em casa às 6h da manhã, porque estava trabalhando.
Também me ensinou como chegar perto de um cachorro, falando sobre a posição das mãos, voltadas para baixo. Isso porque ele tinha um pitbull, quando morava com seu pai.
Hoje só tem gatos. Mora só, "naquela janela azul".
Pareceu-me que foi buscar o almoço (quando derrubou seu pacote de bolachas recheadas) e já voltava para o trabalho.
Mostrou-me suas fichas de controle. Bem organizado.
Acenou para o ônibus, bem perto do ponto, mas o motorista não parou.
Nem ele. Seguiu seu caminho rua acima.
***Meses depois desta postagem preciso adicionar um comentário, não meu, mas de Mário Quintana:
"Os sorrisos mais sinceros são os sorrisos desdentados"
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