"Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem.

Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.

Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?

Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer? ’ ou ‘que vamos beber? ’ ou ‘que vamos vestir? ’

Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas"

Mateus 6:28 a 33

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pescaria



Chego perto da resposta à pergunta:
  Por que escrevo?

Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca:
a palavra pescando o que não é palavra.
Quando essa não palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.
Uma vez que se pescou a entrelinha, podia-se com alívio jogar a palavra fora.
Mas aí cessa a analogia: a não palavra, ao morder a isca, incorporou-a.
O que a salva então é ler "distraidamente".

Clarice Lispector, A legião estrangeira

3 comentários:

Ana SSK disse...

Olá!
Vim lhe visitar.
Agradeço a visita ao Significantess.
Abraço!

Fer Nanda disse...

Sinta-se em casa

=D

Jéssica Caramori disse...

As palavras são imprescindíveis para saciar nossas agonias, a fome da nossa alma e toda e todo o tipo de inquietude.